Um dos melhores benefícios que o openbadges oferece é uma infra-estrutura distribuída com custo zero através de um sistema de credenciamento baseado em evidência, desta maneira é possível emitir um certificado e realizar a distribuição de maneira aberta e confiável.
É possível mostrar por exemplo teus badges através do backpack do openbadges no LinkedIn ou integrar via API pública sendo display.
Philipp Schmidt em seu artigo sobre a implementação dos certificados digitais no MIT Media Lab oferece um exemplo vivido na Alemanha em que muitos carpinteiros ainda fazem no período de aprendizagem um "caderno de referências" enquanto são "estagiários" de profissionais reconhecidos, no qual eles colecionam selos e referências dos mestres carpinteiros com quem trabalham ao longo do caminho, fazendo deste livro uma prova que você pode confiar nele para construir sua casa.
Conforme as redes de pessoas forem aumentando, as referências se tornaram cada vez mais um obstáculo para serem validadas e utilizadas, inclusive por conta da falta de confiança no papel gerando mecanismos de controle para emissão e validação de um certificado para tentar estabelecer um certo nível de credibilidade ao certificado.
Outra questão aqui, é de quem é a propriedade dos certificados ? Por conta da justificativa de segurança de informação por vários emissores, começou a surgir soluções baseado em custos e permissões para utilização destes certificados.
Ou seja, distribuir a responsabilidade de quem pode ter o certificado sem o risco de fraudes, poder estar acessível e registrados em redes públicas para evitar custos de emissões e ao mesmo tempo ter algo que seja relevante para ser utilizado por terceiros.
Alguns anos depois do surgimento do openbadges outras tecnologias se tornaram acessíveis, tais elas como o blockchain e projetos como o Ethereum que possibilitaram trabalhar para reaproveitar uma infraestrutura descentralizada existente para este mesmo desafio, tornando ainda mais resiliente a distribuição destas informações.
Por exemplo, a escola Holberton anunciou que eles foram a primeira escola do mundo a entregar seus certificados usando o blockchain Bitcoin, assim como Stampery começou a emitir certificados que utilizam a tecnologia blockchain e o MIT Media Lab que esta distribuindo alguns dos seus certificados de maneira semelhante.
Você pode pensar em reputação como uma moeda para o capital social, ao invés do capital financeiro. — Philipp Schmidt
Para criar um certificado é relativamente simples, tudo pode ser baseado na criação de um arquivo digital que contém informações básicas que é assinado através de uma chave privada que apenas o emissor tem acesso, sendo assim através de mecanismos baseado em criptografia é possível validar quem é o emissor e o se o teu conteúdo foi adulterado.
Para tornar ela pública, resiliente e acessível, há maneiras diferentes de utilizarmos às tecnologias sobre a certificação digital e que podem ser consideradas, tais ela como utilizar uma rede de blockchain descentralizada, infra-estrutura distribuída proposta pelo openbadges ou até mesmo de maneira híbrida.
Mas o fato é que a possibilidade de distribuir os certificados digitalmente de maneira confiável através de premissas de validações contra fraudes, acesso público de maneira eficiente, possibilidade de dividir a propriedade do certificado entre o emissor e o certificado é o caminho para que a reputação seja justamente distribuída.